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Saiba porque é importante o Autoconhecimento.



Entender que todos nós vivemos, ou pelo menos deveríamos viver, e participamos de um processo que nada mais é do que um ciclo de vida, ajuda a compreender melhor que existe uma trajetória relativamente comum a todos os indivíduos.


No entanto, pouco nos chama a atenção as similaridades entre nós, pois as discrepâncias sociais acabam se tornando mais evidentes. As consequências causadas, fruto das desigualdades, tende a comprometer a nossa percepção.

Quando ainda bem pequenos temos a necessidade de receber cuidados especiais em razão da pouca idade onde, normalmente, esses cuidados são realizados por nossos pais, familiares, escolas ou por associações e lares destinados à guarda de menores. Resguardada as devidas diferenças, o ciclo se mantém como de costume para todos.

Muito embora cada criança viva a sua própria realidade, todos nós, em algum momento, chegamos à escola. Seja por meio das creches, ou mais adiante, já nas séries iniciais do fundamental 1. Posteriormente, o padrão hoje existente nos encaminha para o ensino fundamental 2 até que consigamos encerrar esse primeiro ciclo de vida com o término do ensino médio. Hoje está estabelecido pelo Ministério da Educação, na grade curricular de qualquer escola, esse processo de desenvolvimento.

Para muitos, a conclusão do ensino médio é visto como um divisor de águas e os olhares, nesse momento, voltam-se para a fase adulta onde o trabalho passa a ser encarado como objetivo principal. Alguns têm a oportunidade de ingressar na faculdade. Outros, por opção ou mesmo por falta dela, se matriculam em cursos técnicos em busca de um conhecimento maior ou mesmo por necessidade de ingressar com rapidez no mercado de trabalho.

Entretanto, a maioria esmagadora dos jovens migram para subempregos, ou passam a trabalhar em atividades secundárias e profissões de menor expressão que não exigem formação específica e nem um conhecimento técnico mais aprofundado. Com isso, o destino de todos nós é cumprir um ciclo onde devemos vencer etapas até que sejamos inseridos no mercado de trabalho passando ou não por faculdades ou cursos técnicos.

Assim, somos levados pelo ritmo frenético da vida e não nos damos conta que seguimos um padrão pré estabelecido onde nossos sonhos e verdadeiras vocações acabam ficando em segundo plano. Normalmente nossos sonhos não são levados em consideração e com isso, ficamos a mercê do que a vida nos oferece.

Curiosamente, o que nós mais ouvimos nessa fase é que devemos conseguir um bom emprego que nos traga segurança e que seja com carteira assinada. Nos discursos que ouvimos, nada é mais importante que a tal da estabilidade e que carreira pública é uma ótima opção para que se tenha um futuro seguro. Mas, que segurança é essa que castra e inibe os talentos ?

Afinal, ter um salário fixo para o resto da vida não deixa de ser tentador em uma sociedade que pouco valoriza as habilidades e uma educação criativa. Estimular as habilidades naturais do indivíduo e o desenvolvimento das suas vocações parece algo menor e de pouca importância..

Acontece que esses valores culturais que estão enraizados em nossa sociedade não condizem com os dias atuais onde as leis trabalhistas cada vez mais apontam para novos caminhos.

A autonomia nas relações comerciais são evidentes e os novos tempos sugerem que as pessoas irão trabalhar cada vez mais prestando serviços como empresas individuais ou através de parcerias.

Essa dicotomia entre o que ouvimos na adolescência e como o mercado de trabalho realmente se comporta gera uma série de problemas, mas, certamente, o maior deles é o afastamento dos nossos verdadeiros sonhos. Desconsiderar as vocações do jovem em razão de um suposto bom emprego, é o mesmo que condená-lo a viver por anos as amarguras de uma prisão em vida. Na realidade, esse jovem passa a viver uma liberdade cerceada por questões socioculturais.

Uma pessoa quando afastada dos seus sonhos e objetivos de vida tende a viver processos depressivos. Como consequência, vive problemas familiares e de relação. Amarga a frustração de não ver as suas habilidade sendo desenvolvidas. Os prejuízos sociais são imensuráveis. A desvalorização de talentos inibe o surgimento de novos pesquisadores. A ciência e tecnologia ficam comprometidas e a inovação restrita a um pequeno grupo de privilegiados.

Bem, já que todos nós somos o resultado de um ciclo comum, o correto deveria ser o estímulo das habilidades e vocações logo cedo preservando o que de melhor cada um possui. Ignorar as competências e ir de encontro a natureza humana significa desperdiçar potenciais valores.

Os transtornos sociais oriundos da pouca valorização de nossas habilidades resultam em falta de oportunidades e essa aparece como sendo uma das maiores causas da criminalidade. Muito da marginalidade hoje vista é decorrente do total descaso com os sonhos desses jovens que vivem à margem da sociedade.

Sendo assim, a transformação passa, antes de mais nada, por um trabalho preventivo onde o jovem precisa ter acesso a um processo que identifique e valorize as suas habilidades, mas, sobretudo, que ele possa entender o seu papel como cidadão. Nesse sentido, a compreensão desse ciclo é fundamental para o seu pleno desenvolvimento.

Desconsiderá-lo, é o mesmo que ignorar o curso natural da vida onde o indivíduo quando conectado com suas habilidades, sonhos e anseios tende a se sentir pleno e realizado. Isso que aqui afirmo, se estende a toda e qualquer pessoa, pois a ideia de que carreiras tradicionais possam proporcionar prazer e realização é uma grande ilusão.Uma utopia sem fim.

No final, o que conta é o prazer que sentimos em realizar uma determinada atividade e não o ganho que ela possa vir a nos proporcionar.

Então, que tal transformar o espírito aventureiro da adolescência em seu maior aliado ? Adicione a isso, a responsabilidade da fase adulta e terá como resultado o seu sonho sendo realizado.

Fica a dica !


Grande abraço,


Marcelo Teófilo

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